CIMENA DE RUA
Sobrecarregados
desafiando a
própria força
vendem avulsa
sua sorte
caminhantes
aviltam espaços
entre passos dados
sem atenção
intolerantes
cançados
buscam a morte
da canção
qualquer culto
seja bruto
braços abertos
na calçada sem muro
murmuros alcoolicos
insolitos
entram num mar
violento
travando emoções
perdendo razões
devolvendo fruições
virgulas
que oferecem
pausas curtas
entre um nada absorvido
descem bêbados
fingindo
mais um dia
de infinito
lamurias do finito
que guia
sua vassidão
particular no tempo.