Existência eterna
Falo porque tenho boca
Ao contrário
Esconderia-me no silencio
Dos pensamentos e das formas.
Aconchegado
No canto mais gélido
Tudo se torna bem visto de um ponto má.
As grades cercam o rebanho
Á grandes búfalos
Eles pulam enfurecidos
Pupilas dilatadas
Se movem
Esfregam as patas no barro.
No cercado passam dias e dias
O todo é levado embora
Ali se perde uma existência eterna.