fim

A doce e inconfundível morte

Retorce no leito

O mais doente ser,

Que apalpa seu rosto sem senti-lo.

Movimentos angustiantes

Sobre a cama que o mantém preso de tudo,

Todos o olham,

Parecem olhar para um morto

Um verdadeiro defunto jogado ali

Sem ao menos ter vivido por alguns segundos.

A neblina negra vai aos poucos escurecendo o quarto,

Todos os dias os mesmos vem olhar aquele defunto

E a neblina toma conta de tudo e todos.

A morte da as caras

O jogo se estende por mais alguns dias,

Agora sim

Respira-se lentamente.

O medo penetra a carne,

A escuridão se apodera do corpo;

Dos ossos, das veias, da pele, dos olhos.

Degrau por degrau eleva-se

Cada dia mais e mais

Vagarosamente,

E fim, um único fim.

lucas coelho
Enviado por lucas coelho em 29/01/2014
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