A Moça e a Dama

Bela dama que vigia a portela

do jardim da moça de clientela

moça bela e muito mais que bem vivida

ninguém da vida poderia estar perdida

A essência de seu corpo cobre o ar

próprio o ar se manifesta ao seu passar

a vida vibra a regozijar-se dela

moça qual vulgar mantem-se bela

Das asas de um anjo fiz poeira

fui feito um rato à maldita ratoeira

feito queijo assado ao forno, me derreto

me derreto de deleite ao seio morno

As chamas ardem na lareira sobre a dura pedra

mas não tão quentes quando a moça se requebra

dança musa dos vivos e do viril

use os atributos que um outro nunca viu

O sangue que escorre a terra fria

forçando a carne dura e ainda esguia

e ninguém escuta sair do corpo a bela dama

pois descansam a moça impura sua cama

Aleph Maia
Enviado por Aleph Maia em 29/01/2014
Código do texto: T4668972
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