A Moça e a Dama
Bela dama que vigia a portela
do jardim da moça de clientela
moça bela e muito mais que bem vivida
ninguém da vida poderia estar perdida
A essência de seu corpo cobre o ar
próprio o ar se manifesta ao seu passar
a vida vibra a regozijar-se dela
moça qual vulgar mantem-se bela
Das asas de um anjo fiz poeira
fui feito um rato à maldita ratoeira
feito queijo assado ao forno, me derreto
me derreto de deleite ao seio morno
As chamas ardem na lareira sobre a dura pedra
mas não tão quentes quando a moça se requebra
dança musa dos vivos e do viril
use os atributos que um outro nunca viu
O sangue que escorre a terra fria
forçando a carne dura e ainda esguia
e ninguém escuta sair do corpo a bela dama
pois descansam a moça impura sua cama