Enfim, amor e vida
E transformou em dia, a minha noite
A meia noite, trouxe-me o afago, o açoite
A língua afiada, abrindo a lata da minha vida
A lata que guardava, prensada
A minha emoção combalida
E seus braços de foice cortavam
Toda a palidez em mim contida
Já não mais esmaecido eu pensava:
Finalmente, o coice que eu queria acertara
E preenchera de surpresa
O resto do que dali para frente eu seria
Todo sorriso, todo vaidade
O amor enfim me enxergava
Com os olhos que guardavam afeto
E com suas setas acertavam
Um futuro indócil e incerto
Errático no passo e na vida
Era eu com a vida, enfim
Plenamente restaurada
Pronto para ver, viver, sentir
O que faria o amor de mim