O Corpo que Voa.

''Pule daquele edificio...''

A voz ecoava nos meus pensamentos

Me causava nauseas, mas eu não conseguia silenciá-la,

Parecia querer meu fim,

Dizia:

_Nada de mau acontecerá, suas asas abrirão antes que toques o chão.

Doce mentira essa, de algum espirito maléfico,

Ou simplesmente minha insanidade querendo roubar minha lucidez.

_Pule, tens medo do que acontecerá?

Medo, isso que tens, medo, nunca saberás o gosto delicioso da adrenalina,

Da loucura de buscar algo, que não sabes se será bom o ruim, pule.

Os gritos dentro da minha cabeça pareciam martelar meu cérebro,

E eu já não conseguia ouvir a minha razão me aconselhando.

Sem conseguir pensar em outra coisa, segui esta voz louca,

Que debochava de meus medos, e me fazia de marionetes.

Então e um ato súbito, atirei-me ao nada,

Uns segundos de paz e silêncio tomaram meu corpo torturado,

De olhos fechados, sentindo a leve refrescancia do pranto,

Senti um vento forte, lançar-me ao alto,

E ao abrir os olhos, vi um corpo deitado sobre seu próprio sangue,

A voz antes de abandonar-me, ainda me disse algumas palavras:

_Para que prantos?, estas livre, agora aquele corpo frágil e decadente que o aprisionava, não mais o pertence.

DjavamRTrindade
Enviado por DjavamRTrindade em 28/01/2014
Reeditado em 29/01/2014
Código do texto: T4668193
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