A EXTREMIDADE MORAL

Para que te encerra

Assim me deixa

Aqui fora

Abrigando meu verão?

Quero esse inverno

mescla de primaveras

Que desabro

E me planto

Canto

Ao redor

Da janela

Bela donzela

Caia em mim

De outono cabelos

Nem tão longos

Porta castiçal

De olhos

Que vagam

A minha procura

Jura que será

Minha

Na eterna verdade

Enquanto ficar!

Que eterno

Não possui

Por isso flui

Vai acabar

Não sendo

Muito

Contruído de poucos

Detalhes

Curtidos

Sem demorar

Não menosprezar

Apego

Por retrair desejo

Morresse junto

Tédio delinear

Cercado de mundos

Tijolos

Na base do abismo

Terminará por sorte

Amor é um sensível

Momento que

Guarda por sendo

Espada

Desbravura

Da tortura

Que quer ser normal.