LETRAS DE PRAGA

Rainer reina

no castelo sombrio.

Kafka inseticida-se horas a fio

no processo metafórico.

Elegem a solidão

das baratas

e anjos de Praga.

Disseminam pragas

nos porões e poréns

das letras pragmáticas.

Fúrias oníricas

vocifera Kafka.

Rima Rilke

o silêncio da pantera

no Jardin des Plantes.

Letras de Praga.

estranhos insetos

e anjos incertos,

pisam

o pântano

de meus versos.

Rocio Novaes
Enviado por Rocio Novaes em 28/04/2007
Código do texto: T466752