Os Meus Flagelos
Vou poder voar no sorriso de ontem
Hoje, saber pousar sofrido no choro
É o píncaro do meu destino pequeno
Sombra de Ícaro, acetinado veneno.
E vou fraturar os passos da doçura
Acelerar, esgarçar a pele na fritura
Vou desalmar do corpo a formosura
E vivo, encontrar perdida a procura.
Hoje, livres estão os meus flagelos
Moídos em moinhos de sonhos frios
Calafrios entornam na pele arrepios
Eros ressecou os ventres do prazer.
Hoje, levo a lança do anjo descabido
A adaga que se perdeu nas vísceras
Do bom tempo e do brilho indefinido
Abriu o ontem para não amanhecer.
Abortada a poesia antes de nascer!
Vou poder voar no sorriso de ontem
Hoje, saber pousar sofrido no choro
É o píncaro do meu destino pequeno
Sombra de Ícaro, acetinado veneno.
E vou fraturar os passos da doçura
Acelerar, esgarçar a pele na fritura
Vou desalmar do corpo a formosura
E vivo, encontrar perdida a procura.
Hoje, livres estão os meus flagelos
Moídos em moinhos de sonhos frios
Calafrios entornam na pele arrepios
Eros ressecou os ventres do prazer.
Hoje, levo a lança do anjo descabido
A adaga que se perdeu nas vísceras
Do bom tempo e do brilho indefinido
Abriu o ontem para não amanhecer.
Abortada a poesia antes de nascer!