amaryllis

é o último bafejo dos ápices onde havia enleio

e arejo em altitudes chamando a roçar seios

despeço-me dos picos aguilhoando céu e nuvens

espetando cetim de coxim azul - feito agulhas

descansando coser de sonhos

a descida das torres quietas

onde ventos morrem em precipícios

sem arrancar cores de inverno

é rumando às margens de riachos

aos revirados de seixos

ao ululares de rios

penetrando na carne do mar

a urgência dos cios

retorno às mãos que chovem sementes

cobrindo nudez de planícies

ao brotar de flores à flor de outras mãos

matizando marrons de chãos

de vermelho, rosa e salmão

ou até um feliz tom de amar.ilis

MarySSantos
Enviado por MarySSantos em 27/01/2014
Código do texto: T4667210
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