Do Fogo

O fogo, que circula por suas veias

deixando as calmas mãos sempre suadas...

as luas dos seus olhos muito mais cheias...

as bocas do seu sorriso, estreladas...

o fogo, que tece mil febres na teia

e que (sobre seus desejos) é jogada...

que a tudo que não ferve, incendeia

e que a quem não torra, deixa molhada...

o fogo, que é líquido e gasoso...

que queima ou dilui sua solidez

conhece o que a paixão já lhe fez

com as labaredas da dor e do gozo

mesmo assim, vem virgem e majestoso

como se fosse pela primeira vez.

Roberto.

27-01-2014

Torre Três (R P)
Enviado por Torre Três (R P) em 27/01/2014
Reeditado em 10/12/2015
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