POR DENTRO DA CARNE
Era na escola
ainda que agora
penso ser
tão jovem
ainda que jovem
também quer
mulher
tornava-me
fugitiva das trancas
em trancas
destinada a gozar
pretextos andantes
eu vagante
solidão de amparos
submundo
dos amantes
Poseidon
possesso
regresso deixa
areias rasgadas
escritas ousadas
provocante
ao certo
mãos roubadas
descendo ao inferno
carregada
pra ter com eles
nunca sofri
que anelar
meus dedos
entre os iguais
por medo
desejo retraído
vácuo que vinha
se tinha
segredos
encerro
d'outro nome
que não o meu...