Universo em Belacanto - I
Estrelas reativas e desgarrados cometas
A realizar ilusórias existências
Deslizar na gravidade augusta
A fixarem leis em escuro véu
Nascendo em vestes riscadas
Apanágio da criação nebular
Esferas de almas reticentes festejadas
Celestes orbes em renhido inconquistável
Onde homem algum relembra
E seres distantes buscam vida
Tão próximos e nós distantes
Incapazes de obter respostas
Sendo ilhados em alto espaço
Longe das visões desapegadas e mortais
As naves de amanhã irão tão longe amôr
Sempre e sempre a revistar
A cada canto sem fronteiras
Nem a alto e abaixo medirão
Esforços de reaver o paraíso
E entre as roupas do infinito
Cada renascido entoará o silêncio mudo
Um universo sem temores dessa lágrima
Convictos astros esperarão
Incertos da visita terrestre
E dentre os homens velará
Tempos cálidos da aventura
Seres serenos em sabedoria
Os senhores em verdades desconhecerão