DE VOLTA AO REFÚGIO DOS FALCÕES
Eu tinha certeza que aquela saudade ficaria,
eu dos amigos, eles de mim
e que a vontade de voltar, se realizaria um dia.
Aquela história de fazer uma linda poesia,
um concurso que um dia participaria,
repetirá novamente toda aquela alegria,
lá vou eu, ave que sou, sonhar um verdadeiro amor,
amor no poema, fantasia...dou asas...voo solta e livre,
transparente, pois é esta a poetisa que sente.
Quem lhe dirá o contrário?
Já me conduzi num raio de luz,
devorei com fome e sede de uma águia.
Minhas emoções novamente terão paladar,
delicioso, perfeito e saboroso,
deixarei mais uma vez a minha energia,
resplandecerei ao luar, voarei, deixarei no ar.
Será de fato realidade, não mais um sonho,
mas continuará, atos caros, vagos e raros,
sim, com prosas, versos e, quem sabe, uma rosa,
se for vermelha, será uma emoção e rubra igual
ficarei, se os sonhos que foram, voltarem e ficarem.
Risonha como sou, espreitarei segredos do coração,
me refugiarei naquele paraíso, é tudo o que preciso.
Novamente, respirar e inspirar...
perfeito como um perfume de grife,
fechar os olhos e voar com a alma, leve e solta...
levo-me só, mais uma vez, levo-me ao sol e ao luar.
Desenho-me no mesmo encantado lugar,
águia que sou, um refúgio dos falcões,
desejo assim, com certeza, sem medo de impurezas,
pura e esplendorosa natureza.
Sonho feito e sonhar...
Regina Zamora