Nas águas sempre novas do Rio São Francisco

Como não pecar diante do Velho Chico

Como não, momentaneamente,

Deixar sozinho o Rio Sergipe

E como não amar os coqueiros

Os verdes coqueiros de Ilha das Flores

E a paisagem de Neópolis

Namorando Penedo

Deixei lá

Nas águas sempre novas do Rio São Francisco

Um tanto de versos vividos

Na solidão dos coqueirais ao sol

Na tarde que prometia

Uma noite de sussurros e palhas ao vento

No mistério daquele Chico

Que tantos valentes levou contra a corrente

Eu me deixei lá

Numa embarcação branquinha

Que não sei se era uma nau fantasma

Uma fantasia que

Além de ser poesia

Mentia