amor é ver
quando será minha hora
em que instante a dança
de outras sombras chamarão
meu nome...
de tarde danço embaixo do céu
e a assustada noite dos sonhos
pesa como chumbo
há quem prefira o descanso
no entanto, ao sol que
nos proclama uma marcha
unirmos torno da vida;
no amor, não aquele formal, que
nos entristece a cada desencanto
mas outro informal aberto, télurico
e celeste, sem contratura do umbigo
uma alucinação dentro das trevas,
a noite impiedosa mostrando
o seu tamanho, seus monstros latindo
á janela dos velhos e dos jovens,
e saber desse perigo e mesmo
assim se manter de pé, com a coluna ereta
sabendo, mas não se despedindo do poder
de ser luz
um encontro desastroso entre o rio profundo
e as pedras que o arrebenta...
ei o amor que une