quando
é onde a sombra me alimenta
não quero perdê-la
vai que eu desapareça;
iluminuras raras, precária
sabe-se como acaba; por
isso tenho medo da força da luz.
tenebroso é o rio sem margem
de águas profundas, de musgos
feridos, e infinito é o medo de sentir;
será possível o pássaro pousar
em águas turbulentas, de ondas profanas
(na arte do pecado somos todos samurais)
quando será minha hora
em que instante a dança
de outras sombras chamarão
meu nome...
de tarde danço embaixo do céu
a noite está chegando
e pesa como chumbo