PESCADORES
Semeiam na areia,
que seja a prece,
que seja a ceia,
uma verdejante espuma.
E o mar, vivo, bravo,
que seja o túmulo,
que seja escravo,
de uma salgada vida.
O sol no ombro tostado,
na carne bruta, trincada,
o rosto solitário, apagado,
uma imagem naufragada.
Recolham o fruto,
que seja a peste,
que seja no fundo,
uma alma trancada.
E o mar, vivo, bravo,
que seja o berço,
que seja o terço,
de uma salgada vida.
Semeiam na areia,
que seja a prece,
que seja a ceia,
uma verdejante espuma.
E o mar, vivo, bravo,
que seja o túmulo,
que seja escravo,
de uma salgada vida.
O sol no ombro tostado,
na carne bruta, trincada,
o rosto solitário, apagado,
uma imagem naufragada.
Recolham o fruto,
que seja a peste,
que seja no fundo,
uma alma trancada.
E o mar, vivo, bravo,
que seja o berço,
que seja o terço,
de uma salgada vida.