A menina dos meus olhos
Mais do mesmo é fruta já mordida
É música repetida
O sabor amargo do café.
É planta que morre na estação
A luz apagada do lampião
A velha pergunta: E agora, José?
O mesmo verso, a cansada conversa no portão
Nas mãos a mesma flor
E vai sufocando o que um dia nasceu amor.
É preciso motivo novo
Para que brilhe a luz de minha retina
E eu traga no olhar a bela cor
Que tinha minha menina.