A menina dos meus olhos

Mais do mesmo é fruta já mordida

É música repetida

O sabor amargo do café.

É planta que morre na estação

A luz apagada do lampião

A velha pergunta: E agora, José?

O mesmo verso, a cansada conversa no portão

Nas mãos a mesma flor

E vai sufocando o que um dia nasceu amor.

É preciso motivo novo

Para que brilhe a luz de minha retina

E eu traga no olhar a bela cor

Que tinha minha menina.

DENIS RAFAEL ALBACH
Enviado por DENIS RAFAEL ALBACH em 25/01/2014
Código do texto: T4664323
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