Escravos do arquétipo

Sim, aquele tipo! Aquela forma!

Não sei o porquê, mas assim tem que ser

Talvez pela força, que mostra ter

Ser daquela forma, daquela forma parecer

O jeito perfeito, que estufa o peito

E impulsiona a andar com postura

Pois os outros são, em qualquer ocasião

O forma deformada de algo que anseiam

E neste caminho tortuoso que permeiam

Vão se consertando, ou de vez se quebrando

Até que no fim, retornam o olhar, e vão se encontrar

Como um todo, num perfil, no arquétipo do ser

E dependendo de como vai ser,

Um herói ou um vilão surgirá, aceitando se negará

Que de todas as formas, uma foi a escolhida

E por toda sua vida, o padrão passa a ser o patrão

No domínio de suas escolhas, reina a escravidão

De ter que escolher, mesmo antes que aprenda a viver

Podendo a si não entender, e pelo ritmo das batidas

Se perder, no inócuo desejo de tudo em um ser

Nas ocasiões encontradas, ou ainda perdidas...