CINTILANTE

Uma flor

jarro de vidro

destino fingido

tudo tem que acabar

derrama essências

evidências

tão claras

como ela

pela noite

quase de dia

juntava peças

que deixou

não faziam parte

desta arte

que se assina

com lábios

envenenados de amor

última roupa

dele juntou

cheirou o que

podia começar de novo

outro dia talvez

porque não de uma

vez me atiro

ritimo cardíaco

proclamado de calor

quer fundir

porque apego

é um segredo

de se estar só

diante do querer

paixão desata nós

coloca-nos

na demasia

fria identidade

de verão

que cinge

um "eu"

que se atordoa

por um gole

a mais

da bebida encontrada

no outro.