AS NOITES DA CIDADE...
As noites da cidade trazem consigo
Um dúbio sabor, um duplo anseio...
Paz... Homens dormem imersos em sonhos,
Saciados de seus desejos!
Desgosto... A penumbra da noite encobre rostos,
Vultos vagam quais animais!
Cheios de insaciados desejos,
De sonhos esquecidos de se sonhar!
Nas noites em que vago, estático, pela cidade,
Á procura de mim mesmo,
Á pouca luz, sob o lusco fusco, sob luzes de neon...
Procuro vida para o dia ainda mal começado,
Espremido entre homens que dormem saciados,
E os que vagam...
Com um gosto acre-doce em secos lábios!
Estou a meio termo á procura de mim mesmo,
As noites da cidade, em que me acho ou me perco,
Dizem, mostram, sem meias palavras, sem rodeios
que eu, os homens que dormem e os que vagam
somos todos iguais...
Edvaldo Rosa
www.sacpaixao.net
22/01/2014
As noites da cidade trazem consigo
Um dúbio sabor, um duplo anseio...
Paz... Homens dormem imersos em sonhos,
Saciados de seus desejos!
Desgosto... A penumbra da noite encobre rostos,
Vultos vagam quais animais!
Cheios de insaciados desejos,
De sonhos esquecidos de se sonhar!
Nas noites em que vago, estático, pela cidade,
Á procura de mim mesmo,
Á pouca luz, sob o lusco fusco, sob luzes de neon...
Procuro vida para o dia ainda mal começado,
Espremido entre homens que dormem saciados,
E os que vagam...
Com um gosto acre-doce em secos lábios!
Estou a meio termo á procura de mim mesmo,
As noites da cidade, em que me acho ou me perco,
Dizem, mostram, sem meias palavras, sem rodeios
que eu, os homens que dormem e os que vagam
somos todos iguais...
Edvaldo Rosa
www.sacpaixao.net
22/01/2014