= MINHAS MÃOS =
Mulher amada...
Toque as minhas mãos
Ousa o que “Elas” dizem...
Não as julgue pela aparência
calejadas, até mesmo maltratadas.
São capazes de revelar minha caminhada através do tempo.
Foram forjadas ou moldadas pelos anos já vividos
Não conheceram a maciez
da fina pele dos homens, pelo dinheiro, enriquecidos.
Quando estão “Elas”, ao comando do corpo
são duras como a rocha
funcional como uma máquina
capazes de transportar, moldar, criar, ou apenas auxiliar.
Não as julguem...
Quando são manuseadas pelo coração
podem ser suaves como a brisa.
habilidosas, carinhosas, levando-te ao delírio.
São “Elas” que escrevem as belas coisas da vida
Adoram enluarar-se, sentir o sopro macio da brisa
ofertar flores
carregar-te para cama
percorrer todo o teu corpo.
Ficam leves, suaves, tal e qual uma pluma.
Elas também registram os versos,
Que em minha alma repousam.
A cada calo, cicatrizes , que permanecem
muito me orgulho!
São “Elas” as minhas companheiras
tanto na aspereza da pedra
quanto no deleite do teu corpo, mulher
nas nossas noites de amor.
Tonho Tavares.
tonhotav@hotmail.com
Ignez Freitas
Boa tarde poeta...
Mãos calejadas, sofridas,
do muito que trabalhou,
mas que sabem acariciar,
e levar ao céu seu amor!
Obrigado minha querida Ignez, pela sua interação. Beijos.