O CATRE FÊMEA
Molde
embebido
em tecido
nem tanto mostrando
oferece sentidos
abertos
aos que querem olhar
anda manequin
fantasiado
ética dos
protestantes
vacinados de orgulho
ela ainda assim
nem conbina
que de fácil
entrega segredos
vermelhos
outro corpo
usando espelho
vendo através
de um tom branco
muito fino
feminino
busca sementes
do íntimo
falsário
que de sosláio
devagar
sorri entre vistas
correndo
num rosto
pintado
outro disfarce
que apenas
o face a face
pode chegar
investindo
vimos ela entrar
sentar no passeio
retirar da bolsa
correio
lançando jornais
classificando
postais
desde seus pés
entre coxas
blusa frouxa
laço torcido
umbigo a mostra
tatuagem
de um certo índio
sobe selvagem
no entre ilhas
de mares
que possa se afogar
antes de terminar
dedos e boca
beijando sorvendo
como se deles
tirasse mel puro
sangue castanho
onde tudo é desejar.