Faz de conta
Que a gente desmonta
Ou faz de conta
Que aponta,
Mas no final da conta
Só desaponta.
Não se acha a ponta
E a sociedade pronta
Inexperiente afronta.
Pois não conhece as peças
Que o chefe monta.
Apresentam laranjas
Vulgo: as lontras
Asnos mamíferos
Já condenado
Que sai da sarjeta
Recebe a gorjeta
O qual foi combinado,
Preço de mercado.
Estimadas antas
Que se vendem fácil
Dorme sem manta
E se mantém calado.
Enquanto o resumo
Vira pizza lingüiça
Rolo de fumo,
E o dinheiro mesmo
Foi depositado na meia
Em código estudado
Lá pela Suíça
Que coisa feia.
Francisco Assis silva é poeta e militar
Email: assislike1@hotmail.com