SORVETE GELADO

SORVETE GELADO

Exame desagradável novamente,

São tantos que nem sei mais...

Deixe-me de importar com nomes,

Resultados para que saber?

Tento comer algo solido após três dias,

Desce queimando a garganta,

Como a dor da separação queima o peito,

Como a lagrima não chorada queima a alma,

Como não ter no físico,

Mas ter na alma queima...

O alimento é carvão incandescente,

Queima o estomago,

Causa dor...

Vomito...

Uma queda no banheiro,

Meu dragão não sabe o que fazer,

Se me lambe,

Late,

Gane,

Vomita...

Levanto com dificuldade,

Olho no espelho...

Dou uma risada do pensamento tolo,

Mais uma mancha em meu corpo branco

Com orelhas falsas passaria por dálmata...

Mais um cão dos cento e um,

Talvez me entregue a “Cruella”,

Que seja mais um premio a sua maldade...

Dou risadas do pensamento,

Vejo “Glen Close” alternando-se com o desenho,

Acho que dou risadas para não chorar...

Outro pensamento mais ridículo...

Mais risos...

Se eu fizer icterícia?

Posso sair na avenida de “Melmam”,

Hipocondríaco com uma paixão impossível.

“Melmam” e “Glória” amor impossível,

Como há amores impossíveis na vida...

Mas valeu a pena lutar por ele?

Na vida real o dálmata terá insuficiência renal,

Será mimado e terá comportamento psicopata,

A girafa morrera por falta de seu habitat,

O hipopótamo intoxicado pela poluição dos rios...

Tenho sorvete na geladeira

Desce e refresca,

Talvez pare no estomago,

Talvez não seja um dálmata,

Talvez não seja uma girafa,

Talvez seja apenas eu meio grogue e solitário,

Deixando minha mente vagar,

Vendo piada onde não existe apenas para poder sorrir,

Procuro uma meta para resistir,

Caçando um objetivo para querer lutar.

Não consigo achar nenhum,

Apenas tento achar...

Brincar com a situação,

Quero é mais me divertir.

O sorvete esta pela metade...

A dor acalma...

O cansaço aparece.

O texto por que corrigir?

Agora quero mais é dormir...

André Zanarella 21-01-2014

(texto sem correção pós exames médicos)