Clímax

Noite quente, lua cheia...

Nua de amor, rolo insone pela cama.

Despida de carinho, respiro ofegante!

O corpo treme, suor, febre...

No lábio ferido pela mordida angustiada, surge uma gotinha de sangue,

Minúscula, doce!

Urgência...

Dedos crispados a amarfanhar o lençol de seda....

Deslizo a mão febril

Me agarro, me arrasto pelo turbilhão.

Me curvo em minha própria direção, boca entreaberta, ponta da língua a mostra.

Úmida

Os Olhos fechados miram insistentes a luz ofuscaste que se aproxima

Cheiro bom de cama, cheiro meu.

Mil estrelas explodem!

Suspiro em paz