NO DIÂMETRO DO FAROL

O destino pousou

em um longo

cálice derramado

em lábios

trêmulos

tentando

não causar

nenhuma ocasião

a outro

que por coração

podia fraquejar

iludir

faltar em si

entrando

sem obrigação

no seu puro

lamento

tentaria ir até

a praia

lua cristaliza

ondas fantasia

de ser a isca

de qualquer estranho

podendo também

abrir portas

fechadas

pra qualquer

principio

incipio causante

de um colo

faltante desapegado

num instante

em que

aquele beijo

que chegava

nunca mais voltava

no sempre

posto

como vida

anteposto

à referida

felicidade cantada

num coro frutuoso

na saída

de um fantasma

feito fotografia

que ainda restava

pra que pudesse

existir este cálice

que não dorme

só esvazia.