A VOZ DO ÍNTIMO

Parece

ter nascido

de novo

entre um corpo

que pede

repouso

do'utro que

anda

entre os lençois

a procura

aventura

talhada

em que abertura

se faz

de toda

imensidão

ela ainda respira

coração

de trás

emoção

não vê

sente a frente

turbilhões

em dores

como de uma

cavalgada

noturna

cavalo solto

da redoma

atravessa mundos

sem cela

sem nada

charme que antes

de usar

aparência

escondida

faz seu ventre

aparecer

apenas desate

esse nó

escorregadio

pegue o mesmo

fio

me amarre

como me amarro

entre estes

braços másculos

de uma fêmea

erguida deusa

fingida

até ele

não suportar mais

derrube machuque

verei no espelho

meu instinto

bandido

calado de dor

porque quiz assim...