VIVENTE
Que venha o rio!
Estou pronto.
Suas águas invadam
o meu quintal.
Não tenho temor
dos peixes,
da força,
do caudal que me conduz
a outra distância do tempo.
Que o rio encha!
E que rosne em meus ouvidos
como fera infernal!
Eu não sou dele:
ele é que é meu rio,
meu pão,
minha vida!
Que venha o rio!
Estou pronto.
Suas águas invadam
o meu quintal.
Não tenho temor
dos peixes,
da força,
do caudal que me conduz
a outra distância do tempo.
Que o rio encha!
E que rosne em meus ouvidos
como fera infernal!
Eu não sou dele:
ele é que é meu rio,
meu pão,
minha vida!