Mas e tudo que vivi!
Ficou?
Como que perdido no tempo.
Relembro, aqui na memória!
Faz parte de minha história!
Não devo, nem quero esquecer!
Das muitas e muitas vezes,
Em que brinquei em criança!
No copo de espuma as bolhas...
Subiam ao ceu brilhando,
num sopro, e eu sorrindo.
E as bolhas iam subindo
Até desaparecer.
O canudo era uma folha
daquela cebola verde,
Usada pra se comer.
Minha mãe, mui brava ficava,
Pois sempre que arrancava
A horta eu danificava,
Não era praquilo eu fazer.
Tão pobre a minha infância!
Dinheiro a gente não tinha.
Nem de perto a gente via!
Só o essencial pra viver.
Mas se vivia feliz.
Apesar dos dissabores...
Minha mãe com seus problemas.
Muitas vezes fez em mim, o que
Nem de longe desejo ...
a qualquer criança sentir.
Mas sobrevivi a infância!
Vivo aqui estou.
Apesar de tudo isto!
A ela eu agradeço,
viver a vida ,não tem preço!
Dou graças por estar aqui.