INEVITÁVEL NUDEZ
É hora de colher
É tempo de colheita
A morte à espreita
E a vida insuspeita
Nas frestas do cotidiano
Passa a tarde
Nunca é tarde
E no peito arde
a covardia
Lá se vai mais um dia
Lá se vão alguns anos
Quantos enganos!
Continuamos nus
por baixo dos panos