Girassol!
Não quero ser tímida...
Quero deixar meus sentimentos fluírem...
Não posso ser tímida
Ou nada notará a minha presença...
E mataria minha imagem
E o reflexo fugindo de mim,
Não veria a mim mesma nunca mais!
Não posso me abandonar...
O que me move?
O que me faz ser eu mesma?
Um sopro de brisa no rosto...
Um carinho do sol em meu corpo...
A dança do mundo bailando em minha alma...
E acalma a pergunta que não cala...
Vivo para aprender
Que nada é definitivo
E um abraço é eternizado...
No momento que é dado
Meu corpo é da terra
Minha cabeça, pertence as estrelas
Minha essência é pura canção
Entoada pela lira do meu buscar
Que meu corpo musicando
Faz-me letra de lábios tantos...
Sentir, estar aqui... Escrever de mim
Pra enxergar-me nas linhas
E me descobri parte do todo
Mesmo sendo única no mesmo
Não posso ser tímida...
Ou meu sonhar se mistura nos tons escuros
E minhas cores não se revelam...
E fica insípida minha aquarela
Preciso ministrar tudo em mim
Minhas emoções tocar minha libido pertinente
No momento de um desejo,
E compreender o meu prazer...
Muitas vezes me divirto estando morta...
Pois as sensações tem vida quando envolvidas
Num sentimento mais profundo
Então percebo o estado do meu sentir
Ressuscito meu gozo
Quando teu corpo vibra no meu
Que te aceita e consome
Com mesma fome
Com que absorvo a vida!
E viro um girassol
Alto em busca do sol
Simples assim
Sem timidez!