Desandou

Quando tu desanda

O caminho muda

A estrada afunda

E o purgatório manda

Estava tudo certo

Tudo ia até bem

Até que, não se sabe quem

Apareceu à ti aberto

E te convidou ali

Fugir, correr, dali sair

E ir, até outro lugar

Desandar, sem resistir

O caminho à boca levou

Morreu pela boca,

Quando mal falou, já errou

Me dá duas, meus chinelos te dou

E ali desandou

Andando agora entregue

Ao acaso que não perde

O desejo venceu, lhe superou

Na boca, morreu pela boca

Quando os messes esqueceu

Tantos dias de luta que perdeu

Viciado, toda sorte do mundo é pouca