ACASOS MARCADOS POR PENA
Doa sangue
entre uma culpa
devota
revolta
por acaso queria
estar entre
as mesmas
iguais liberdades
sofrendo mesmo
por estar
nesse estar
espera dolorida
ocorrida
quando mastigou
um pedaço de solidão
deixada numa
mesa qualquer
alguém divertiu-se
expandiu-se
foi a outro horizonte
ver poeiras
carregando
cidade inteira
descoberta
de um longo
inicio
ainda que princípio
pareça tumular
tumulto
do que quer ver
e verá
sopro carregado
de fruições
vem desejar
sua agonia
festejar
abstinências
estrutura
ruída
não promete vida
ainda que exista
carrega multidões
intempestivas
atrás de um muro
bonito
porque
flores nascem
por sobre
um teorema
de raízes antigas
derramando
firmezas alienadas
de vontades
sobre solo
temperado
já fazia um tempo.