Prazer

No breu mais breu da noite

Quando os gatos acendem os olhos de ouro e fogo

Os braços ensinam pertencimentos

As pernas caminham pelos muros

O corpo e a alma em estremecimentos

Dimensionam o espelho de se ver

Nas escarpas das montanhas

Na original fonte

Cujas águas descem pelos montes

Pela relva

E pelos sulcos úmidos da terra

Se entranham versos de Anacreonte