Do outro lado do riso

O sombrio e inconstante desejo

E assim já não era um instante

Da boca amarga o flagrante

E a beleza insana de quem o conserva.

Assim solto é puro diamante

Na pálida face, o dourado mutante.

Prateando os olhares sussurrantes

Na mais sombria imparcialidade

Desce do rosto o estampido

É o sol a brilhar dos amantes

Flagelosamente irritante

Cálcios fúnebres e brilhantes

Da pele áspera e vazia

Da língua a mortalha que urgia

O pouco sonho surgia.

Felicidade! A maltrapilha sorria.

Genival Silva
Enviado por Genival Silva em 21/01/2014
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