Deste lobo que desce das estepes...

Deste lobo que desce das estepes

Marujo trajado de parcas vestes

Guerreiro ambulante entre as pestes

Poeta errante entre tuas vestes

A cor de teus olhos se intensa

O galgar de teus pelos, boca tensa

Beijos compartilhados, recompensa

Em gozos plenos que nem pensa

Deste lobo que teus olhos brilha

Conquistador que te alucina

Marujo sem fama ou camarilha

Poeta errante que tua vida trilha

Roga lamentos quando ausente

Peito de coração quase latente

Busca o retorno imediatamente

Para te amar tão loucamente

Ver tua pele ao toque arrepiar

Em tuas entranhas bem singrar

De teus apelos não desdenhar

Até que o folego venha te faltar

No arreio da manhã, nu e teso

Mira teu corpo ao descanso

Admira tamanho amor insano

E te cobre de beijos, flores e verso

Do mar que se salta para acalmar tua fremência!

Peixão89

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Peixão
Enviado por Peixão em 31/08/2005
Reeditado em 04/09/2006
Código do texto: T46578
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