Choro solitário
Dá um aperto no peito
Ao vê a infância perdida
Pedindo, cheirando, se prostituindo,
Muitas vezes por um prato de comida.
Dá um nó na garganta
Quando queremos falar
Que sentimos muita dor
em compactuar com toda essa situação
Como:- quando percebemos que a ganância
Deixa o homem se vender
sendo refém e hipotecando a vida,
o que contribui para a decadência
E a perda da dignidade
Fazendo os homens viverem como animais.
Eu choro, porque esquecemos a fraternidade,
Limitamos toda a capacidade,
Governamos com parcialidade,
Dando preferência a posições sociais.
Choro quando reconheço o amor
Ingênuo, sincero e generoso.
Choro pelo aperto de mão,
Pelo beijo caloroso
Que derrete o coração.
Choro pelo jovem, pelo velho e pela criança
Que desistem de lutar
Por se sentirem abandonados.
Choro pela injustiça
que divide e discrimina,
Ninguém é melhor ou pior,
todos são parte de uma humanidade
Que busca a cada dia, através do amor,
a verdadeira e descompromissada felicidade.