A SANTIDADE DO GOZO

Vai por de novo
aquele tom
estranho
que me banho
sentindo
outra presença
que não a sua?
domina um campo
vasto
num qualquer mato
a vontade do luar
pedindo pra matar
te deixar sonhando
feito menina
morra sufocada
então
até explodir
busca esse não
que diz
ainda que feliz
com o que tenho
pra lhe dar
depois daquela subida
lobo uivando
olhos de mordida
não pretende
parece nunca parar
acabo me entregando
presa fácil
entre um quadrado
visitado
por outros corpos
negros
pintados
nas paredes
sobre teto
caindo chão
que invoca
outro não
desmedido
que não quer não
fala sim
de outra maneira
pra que ele entregue
de vez
tudo que ela quer
dominar
afasta de si
joga pra outro lado
que vem de novo
outra dimensão
outra imagem
mais avançada
em fim descobriu
ele selvagem...