Ser o que penso
Sou a cor do vento
Sou o som das folhas
Vôo como as bolhas de sabão
Alcanço as nuvens com as mãos
Transformo em risos o momento
Em luz transmuto
todas as escolhas
Do sofrido e insensato coração
Vertendo em chuva
sonhos coloridos
Bailando em mares verdes de emoção
Traduzo em tempo
os cálidos sorrisos
Derramo em pétalas os tempos idos
Faço do choro uma doce canção
Esqueço os passos
nas curvas da estrada
Soletro a grama em sombra desfolhada
De árvores dormentes
secas pelo estio
Sonhando alto os verdes perdidos
Soluço o canto
que derrama o frio
Em cinzentas dobras da ação esperada
Faço aconchego de suave esperança
Frouxos acordes
que transformo em dança
Dando algum sentido a esta vida chorada