OUVINDO A CHUVA CAIR!

Bate a chuva na janela

Como que a querer entrar

Mas não quero molhar-me nela

Então pinto uma aguarela

E fico aqui pra te amar!

Faço um poema para ti

Enquanto ela vai caindo

Porque sei, não me esqueci

Que tu também estás aí

A sentires, que estou sorrindo!

Cai leve, ou até de rajada

E o vento “uiva” assim forte

Meu amor, não serei nada

E tu, quando apaixonada

Virás mudar minha sorte!

Abro a porta, fui espreitar

Pareceu-me ouvir uma voz

Pensei seres tu, quereres entrar

E no meu coração morar

Tal qual em casca de noz!

Não te vi e então chorei

Voltei pra dentro, tristonho

E a Deus, logo implorei

Que me deixasse ser teu rei

Sem desfazer…nosso sonho!

Só me restou ficar sentado

Enquanto as gotas ouvia

Mesmo sem estares a meu lado

É como teres decretado

Novo império…novo dia!

E o vento então sussurrou

E pediu-me que levasse

Deste lugar de onde estou

Lá distante onde eu não vou

Um beijo pra quem…me amasse!

O Poeta Alentejano
Enviado por O Poeta Alentejano em 18/01/2014
Código do texto: T4654990
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