Prisão
Quando não tinha papel
eu tinha a ilusão
Não pude registrar
Agora que o tenho
Pensamentos a voar
O sonho que antes tive
Temo não mais voltar.
Pena de poeta
Poesia tem asas
Vem mansa a descoberta
Bate, foge e se arrasta.
Mansidão que o domina
Me anima e me completa
Poesia pequenina
Pensada livre
Errada ou certa.
Cercada livre.
Encarcerada no papel.
Aprisionada pela pena.
Feita pela leveza da alma
De quem a liberta
E se condena.
[Ralúsia Nunes 18/01/2014]