A testemunha do que não aconteceu
Louco para contar,
Morria por esbravejar
Dizia tudo saber
De tudo, tinham que ver!
Disse que foi testemunha
Na alcunha dos atos perdidos
No canto do olho, seu sacrifício
Ofício, dizer o que sabe e não vê
E forçar na malícia o outro a crer
E disse como a verdade professa
E confessa que é só vaidade
Verdade, ao morto não interessa
O que se viu, em vida, foi saudade
Agora, a testemunha descansa sem pressa