VAMOS DAR AS MÃOS!

Quero tuas mãos nas minhas

Tal qual duas andorinhas

Que se beijam a delirar.

E assim entrelaçados

Parecemos namorados

Sentados à beira-mar!

Que os elos dos nossos dedos

Desvendem puros segredos

No areal das marés.

Que depois quando eu te abraço

Logo a ti me entrelaço

Ajoelhando-me a teus pés!

Talvez a linha da vida

Seja depois dividida

Entre um oceano que há

E a palma da tua mão

Quente, como que um vulcão

Espera esta mão…de cá!

Seremos um só, unidos

Pra alegria dos sentidos

E o coração é mais forte.

A água que nos separa

Bênção de Deus, jóia rara

Mudou-nos o acaso…a sorte!

Tu de um lado, eu noutro lado

Na magia de um bailado

Tal odalisca e sultãos.

Esperamos o amor chegar

Esse que irá segregar

O suor de nossas mãos!

Pois com elas em conclave

Decerto se encontra a chave

Que o nosso coração tem.

Mesmo distantes, eu sei

Que serás a minha lei

E amas-me…como ninguém!

O Poeta Alentejano
Enviado por O Poeta Alentejano em 17/01/2014
Código do texto: T4653735
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