Brincar

O poeta que há em mim

não existe

o que há é tão somente

a ausência do que nunca fui

um deseja de ser, um impulso.

a tinta e os sonetos sobre minha mesa

são ilusões, vontades inconfessáveis.

a tinta nunca usada, a folha jamais maculada.

drummond me empresta teus óculos,

pra eu brincar de ser poeta?

Filipereira
Enviado por Filipereira em 17/01/2014
Código do texto: T4653598
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