Amarelo da Dor
Meus dedos tontos,
jogados no sofá os meus contos,
meus tantos momentos de prantos,
meus santos, sem escuta, nos cantos.
Meu leque amargo,
meu largo lago,
cheio de troncos,
cheio de escombros,
testemunhos do meu só,
do meu nó na garganta,
do pó no meu paletó,
dos meus versos a ela,
dos anversos da poesia,
daquela que deixou amarela
de dor a cor da margarida.