Alma que Chove

Uma nuvem nublou minha visão

então tive que olhar com o coração

encarar de frente o olhar do tempo,

de frente ao espelho dos lamentos

e o rosto que vi ali refletido

era rosa vermelha desfolhada

e minha alma ali despetalada

sucumbiu tênue à sedução.

Uma nuvem nublou minha visão

e foi nuvem turbilhão de temporal,

foi uma guerra feroz do bem e o mal

digladiando o algoz do sentimento

e as espadas eram rosas cor de anil

com espinhos ferozes de venenos,

com espinhos que a alma trouxe a tempos

para ferir bem dentro do coração.

E a nuvem nublou minha visão

então cego flui com a chuva de verão

reguei pastos de uma recordação

depois me desfiz nas águas do ribeirão.

Jonas R Sanches
Enviado por Jonas R Sanches em 17/01/2014
Código do texto: T4653185
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