A TV
Na sala semiobscura
As luz piscante da TV
Refletia-se nos vazios
Daqueles que a assistiam.
Cada um pensava em si,
Cada qual mal-entretido
Pelo infindável ruído
De jingles e personagens.
Ninguém falava, e o silêncio
Daquelas vozes caladas
Entrecortadas por imagens
Mostrava faces fixadas.
E assim, a noite avançava,
A programação mudava
E as pessoas programadas
Não mudavam seus canais...
De repente, um esguio raio
Cruza o céu, e a luz acaba
Cobrindo de escuridão
A cena daquela sala.
As pessoas, tão surpresas,
Despertam daquele transe
E a noite é preenchida
Com conversas e risadas...
Eu adoro assitir TV! Também amo tecnologia de todos os tipos - tablets, leitores eletrônicos, smartphones. Mas para tudo existe um tempo e um contexto adequados.