SERENO SOB SOL
As vezes as coisas
parecem viver
perto do fim
tolices verdadeiras
mentiras sonhadas
levanta cortina
para ver a
maldição
d'aquele sentado
mastigando
dúvidas
olhos cravados
num mundo
que não aparece
que possa entrar
retirar do estomago
o que jaz morto
ainda vive
acorrentado
num uno mundo
fantástico
abrigado
pela ausência
refletida
maravilhosa
interpretação
das sombras sem corpo
que destas sombras
se torna louco
porque vazio
esvazia ainda
mais um pouco
quando quer
sentir-se
precisa do outro
se amar sozinho
carinho ordinário
necessário
"roupas nunca
usadas
dentro do armário
se veste
pra ficar em casa"...